Polícia Civil aponta que valor da aquisição teria subido 88% após ação dos suspeitos; no entanto, compra não chegou a ser finalizada. Pasta diz que que colabora com investigações e que investigados foram afastados dos cargos.
Por Michele Mendes, TV Globo
21/06/2023 07h40 Atualizado há 21 minutos
A Polícia Civil, com apoio do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), deflagrou, nesta quarta-feira (21), uma operação que investiga fraude no processo de compra de móveis, equipamentos escolares e eletrônicos para escolas da rede pública e para Secretaria de Educação do Distrito Federal.
As investigações apontam que os suspeitos teriam elevado o valor das compras em 88%, passando de R$ 21,6 milhões para R$ 40,7 milhões. A compra não chegou a ser finalizada.
Os dois servidores suspeitos de envolvimento no esquema foram afastados do cargo e serão exonerados, de acordo com a Secretaria de Educação. A pasta também informou que acompanha e colabora com as investigações.
Quem foram os alvos da operação
O subsecretário de administração geral, Maurício Paz Martins, e o gerente de pesquisa de preços, Hélio Marcos Rocha, foram alvos da operação. Documentos e equipamentos eletrônicos foram apreendidos.
Os policiais também estiveram em endereços de Sobradinho, de Planaltina, do Paranoá e do Entorno do DF, na Cidade Ocidental. Em um dos locais, a polícia recolheu armas e R$ 11 mil em dinheiro.
Segundo a Polícia Civil, para colocar o esquema em prática, foram usadas cinco empresas com vínculos entre si – três delas tinham endereços comerciais no mesmo prédio da empresa vencedora do processo.
Também foi identificado que o responsável contábil por essa empresa trabalha para outras três instituições envolvidas nas investigações.
Operação da Polícia Civil do DF investiga processo de aquisição de móveis pela Secretaria de Educação — Foto: PCDF/Reprodução
Os alvos da operação são investigados pelos seguintes crimes:
Associação criminosa
Falsidade ideológica
Falsificação de documento público
Uso de documento falso
Peculato
Modificação irregular em contrato administrativo
Corrupção passiva e ativa
Se condenados, eles podem pegar mais de 30 anos de prisão