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Repavimentação da BR-319 tem viabilidade técnica e ambiental, aponta relatório do governo Lula

Repavimentação da BR-319 tem viabilidade técnica e ambiental, aponta relatório do governo Lula

 

Por Aline Rechmann

17/06/2024 17:50

 

O grupo de trabalho criado pelo Ministério dos Transportes para avaliar a repavimentação da BR-319, que liga Manaus/AM a Porto Velho/RO, concluiu que há viabilidade técnica e ambiental para as obras. As obras na rodovia são tema de debates há pelo menos duas décadas. A BR-319 é o único meio de acesso terrestre destes estados com o restante do país.

 

No relatório apresentado pelo grupo de trabalho é apontada a necessidade de cercamento de 500 km ao longo da rodovia, para garantir a preservação ambiental. Além disso, o projeto para as obras deve incluir a instalação de 172 passagens de fauna ao longo da via. 

 

Criado em novembro de 2023, o grupo encerrou os trabalhos em fevereiro de 2024, mas as conclusões foram publicadas somente após quase quatro meses. O documento divulgado pelo Ministério dos Transportes aponta que há viabilidade para as intervenções no que é conhecido como Trecho do Meio. O nome se justifica tendo em vista que de um total de 900 quilômetros da BR-319, um trecho de cerca de 500 quilômetros que fica no meio da rodovia está sem pavimentação.

 

BR-319 tem mais de 900 quilômetros de extensão; boa parte da rodovia não é pavimentada.

BR-319 tem mais de 900 quilômetros de extensão; boa parte da rodovia não é pavimentada.| Foto: Divulgação/Dnit

 

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Ausência de pavimentação da BR-319 não garantiu preservação, aponta relatório 

 

O projeto de repavimentação da BR-319 é alvo constante de Organizações Não-Governamentais (ONGs) que pontam a preocupação com a preservação ambiental como empecilho para as obras. Durante as duas décadas de debates sobre o projeto, ONGs elaboraram uma série de relatórios e estudos apontando prejuízos relacionados, em especial, ao desmatamento da floresta amazônica.

 

No entanto, o argumento é refutado pelo documento apresentado pelo Ministério dos Transportes. “Importante ressaltar que, historicamente, a ausência de pavimentação não garantiu a preservação ambiental e o respeito às comunidades tradicionais na região. Pelo contrário, a pouca acessibilidade e, consequentemente, menor presença do Estado, reforçam a criminalidade e o desmatamento”, aponta o relatório nas conclusões.  

 

O documento aponta ainda que a repavimentação do trecho do meio deve garantir o reforço no policiamento da região, além de fortalecer a fiscalização e coibir ilícitos de maneira mais eficaz.

 

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