temporal no DF destruiu casas e deixou moradores desabrigados

temporal no DF destruiu casas e deixou moradores desabrigados

 

Um dia depois (15/1) das fortes chuvas que inundaram condomínio em Planaltina, moradores seguem sem casa e com prejuízos materiais

 

Luciano ArcoverdeThalita Vasconcelos

15/01/2025 19:56, atualizado 15/01/2025 19:56

 

 

Após um temporal atingir Planaltina na madrugada dessa terça-feira (14/1) e alagar várias casas do Condomínio Residencial Sarandi, vários moradores ficaram desabrigados e precisaram se hospedar na casa de parentes. Outros tiveram uma série de prejuízos materiais devido aos estragos causados pela água, que invadiu as residências e derrubou portas e muros.

 

Ao Metrópoles, o morador Pedro Ricardo de Oliveira detalhou os estragos ao redor do condomínio. “Agora está tudo sob controle, mas é muito sujeira [espalhada pelo condomínio], muita sujeira mesmo”, contou.

 

“É muita coisa que estragou na enchente jogada fora, tudo jogado na calçada. Eu perdi dois guarda-roupa, uma sapateira e alguns coxões. Mas Deus vai prosperar para nós todos, não só para mim, mas para todos os moradores que sofreram essa calamidade”, disse o morador.

 

casas alagam e desabam em planaltina 4

Veja como ficaram as ruas do condomínio após a inundação:

 

Relembre o incidente:

 

As chuvas começaram de madrugada, por volta das 2h. Às 5h, muitos moradores acordaram em pânico ao verem as casas alagadas;

 

O Condomínio Residencial Sarandi é cortado por um córrego do Rio São Bartolomeu que transbordou devido às chuvas, mandando a água cheio de barro direto para as casas mais próximas;

 

Naquela terça-feira (14/1), o Distrito Federal foi a unidade da federação onde mais choveu, com precipitações entre 50 e 100 milímetros ao longo do dia;

 

O alto volume de chuvas que atingiu a região durante a madrugada deixou o local completamente inundado, e algumas residências até desabaram;

 

O Corpo de Bombeiros Militares do Distrito Federal (CBMDF) e a Defesa Civil foram acionadas. Segundo balanço mais recente, 30 moradores ficaram desabrigados.

 

 

A vendedora ambulante Elenice de Araujo, 50 anos, foi uma das moradoras que perdeu a casa após o temporal. A mulher, que mora com o filho, nora e netos pequenos, disse que família teve que se mudar para um imóvel de aluguel após a casa onde moravam desabar devido à força das chuvas.

 

“Tá todo mundo isolado aqui divididos em três cômodos. Todo mundo fungando, doente, com muita dor de garganta e com febre. Eu acho que talvez seja um pouco psicológico, devido ao nervoso que nós passamos”, desabafou a moradora. No dia do temporal, as crianças da família quase se afogaram na enchente e por pouco a família não foi pega pelo desabamento. “Ainda bem que [o desabamento] foi de trás para a frente, e nós tivemos tempo de sair”, relatou.

 

Outros moradores disseram ter recorrido a parentes para se abrigarem até que a Defesa Civil faça o levantamento dos danos. Um centro de acolhimento foi disponibilizado no Centro de Ensino Profissionalizante de Saúde da região, mas até o momento, nenhum dos moradores recorreu aos serviços.

 

Além dos danos à estrutura das residências, vários bens materiais como móveis, eletrodomésticos e relíquias de família foram perdidos devido ao temporal. Renara Castro, 22, relatou que o padrinho, que mora próximo ao córrego que corta o condomínio, passou a tarde desta quarta-feira tendo de levantar o muro da casa, derrubado devido à força das águas.

 

“Nas casas mais próximas do córrego, o estrago foi enorme. Há muito tempo [o condomínio] precisa de escoamento, porque isso [a insegurança dos moradores devido às chuvas] não é de hoje. Então não vai adiantar nada sem que faça essa obra; porque vai chover de novo e o problema vai voltar”, disse a jovem.

 

Segundo o CBMDF, a corporação não foi acionada para novas ocorrências de resgate na região. Equipes da Defesa Civil e da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), no entanto, estiveram nesta quarta-feira no local para dar auxílio à população e fazer um levantamento dos danos aos imóveis.

 

Em nota, a Sedes informou que, até o momento, 30 famílias foram atendidas, e que foram entregues 60 colchões às vítimas. A pasta afirmou que “a concessão de bolsas de auxílio está em análise caso a caso”. Por fim, a Secretaria informou que nesta quinta-feira (16/1) retornará ao local para fazer a entrega de cestas de alimentos ao moradores.

 

www.metropoles.com

 

Veja as imagens dos estragos do temporal:

 

 

 

 

 

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