Suplente de Alcolumbre é alvo da PF por desvios no Dnit do Amapá
PF e CGU investigam desvios em obra de rodovia, no Amapá, e suplente do senador é alvo de busca e apreensão
22/07/2025 08:33, atualizado 22/07/2025 14:50
O empresário Breno Chaves Pinto, 2º suplente do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), é alvo de busca e apreensão nesta terça-feira (22/7) em operação da Polícia Federal (PF) que mira desvios no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no Amapá (Dnit/AP).
A ação, batizada de Route 156, é em parceria com a Controladoria-Geral da União e cumpre 11 mandados de busca para avançar na apuração sobre esquema criminoso de direcionamento de licitações e desvio de recursos públicos federais em contratos de manutenção e recuperação da rodovia BR-156, no Amapá.
Segundo a PF, a investigação indica a “existência de uma organização criminosa estruturada no âmbito da Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no Amapá (DNIT/AP), que teria fraudado o caráter competitivo de pelo menos quatro pregões eletrônicos”.
O valor total das licitações sob suspeita é de R$ 60 milhões.
O suplente de Alcolumbre é ligado à empresa LB Construções, um das vencedoras da licitação da BR-156. Ele ainda tem contratos, por meio de outras empresas, com a Codevasf.
A apuração da PF indica que o grupo integrado pelo suplente simulava a concorrência em licitações com propostas fictícias e cláusulas restritivas nos editais.
Defesa
Em nota enviada à coluna, a assessoria de comunicação de Alcolumbre afirmou que o senador não possui qualquer relação com as empresas citadas na operação desta terça-feira (22), nem com a atuação empresarial do seu segundo suplente.
“Alcolumbre reitera seu respeito às instituições e entende que todos os envolvidos devem prestar os devidos esclarecimentos à Justiça, respeitado o devido processo legal”, diz a nota.
Já o Dnit, também em nota, afirma que o órgão colabora com a investigação, visando a completa elucidação dos fatos e diz repudiar “qualquer prática fraudulenta ou ato de corrupção e conta com uma Política Antifraude e Anticorrupção que, entre outros aspectos, deixa clara essa premissa”.
“As instâncias de integridade da autarquia também estão apurando os fatos a fim de adotar as medidas administrativas que forem necessárias […] O DNIT está em permanente contato com os órgãos de controle e reafirma que pauta sua atuação dentro da legalidade e lisura, respeitando todos os princípios éticos da administração pública”, diz trecho da manifestação.
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