Sleeping Giants recebeu R$ 2,4 mi de fundações bilionárias que financiam ONGs e pautas de esquerda
Por Diógenes Freire Feitosa
16/01/2024 16:49
Conhecido por intimidar empresas na internet para cancelar e desmonetizar propagandas em veículos de comunicação que não comungam com os valores ideológicos do grupo, o Sleeping Giants Brasil (SGBR) recebeu pouco mais de R$ 2,4 milhões da Ford Foundation e da Open Society Foundation (OSF) em 2022 e 2023, de acordo com balanço publicado nos sites das duas entidades. A OSF é controlada pelo controverso bilionário George Soros.
As duas instituições estão presentes em diversos países através do financiamento a ONGs e pautas da esquerda, como a promoção do aborto, a descriminalização das drogas, a disseminação da agenda de gênero e o “cancelamento” de conservadores na internet.
Segundo dados publicados no site da Open Society Foundation, a instituição mandou 600 mil dólares para o Sleeping Giants Brasil em 2022. Atualmente, o valor corresponde a mais de R$ 1,96 milhão.
A fundação chama o financiamento de “bolsa” e diz atuar na construção de “democracias vibrantes”. Segundo a OSF, as bolsas são destinadas a organizações, mas também podem ser ofertadas a indivíduos que se encaixem nas diretrizes do programa.
Já a Ford Foundation divulgou em seu site o envio de 100 mil dólares para o Sleeping Giants Brasil, em 2023, dentro de um programa de “combate à desinformação, notícias falsas e discurso de ódio em plataformas digitais”. O valor corresponde, atualmente, a mais de R$ 490 mil.
Apesar de se dizer apartidário, o Sleeping Giants Brasil ganhou notoriedade ao atacar veículos de comunicação que não são alinhados com as pautas defendidas pela esquerda, como, por exemplo, a Jovem Pan, que na semana passada ganhou uma briga judicial contra a milícia digital no âmbito de uma ação civil movida pela emissora.
O Sleeping Giants Brasil foi condenado pelo crime de difamação contra a emissora depois de deflagrar uma campanha para desmonetizar a Jovem Pan. A campanha fez com que mais de 60 empresas cancelassem seus contratos com a emissora.
O viés político do SGBR ficou ainda mais claro diante do silêncio do grupo em relação ao caso da Mynd8, empresa responsável por mais de 30 perfis de fofoca e ativismo político, dentre os quais dois deles têm sido apontados como responsáveis pela morte da jovem Jéssica Canedo, de 22 anos. Jéssica cometeu suicídio depois de ter sido alvo de difamação dos perfis Garoto do Blog, Alfinetadas e Choquei. Este último foi agenciado pela Mynd8 até dezembro de 2021.
A jovem se matou após a grande repercussão de um post afirmando falsamente que ela manteria um caso amoroso com o humorista Whindersson Nunes. O alcance fez com que a jovem recebesse uma onda de ataques nas redes sociais.
Muitos dos “influencers da Mynd” fazem parte do grupo de influenciadores que apoiam o presidente Lula (PT) e o governo nas redes sociais.
Além disso, os supostos responsáveis pelo Sleeping Giants no Brasil têm o apoio declarado de figurões da esquerda e transitam até por eventos da Suprema Corte.
Em setembro do ano passado, a estudante de direito e co-fundadora do SGBR, Mayara Stelle, palestrou em um evento promovido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o “combate à desinformação e defesa da democracia”. Mayara palestrou em um painel liderado pelo ministro Alexandre de Moraes.
Em sua fala, Mayara defendeu ameaças a empresas e disse que a liberdade na internet é “romantizada”, o que faz dela uma “terra sem lei”.
Três meses antes, Moraes havia contrariado a Procuradoria-Geral da República (PGR) e arquivado um inquérito um inquérito da Polícia Civil de São Paulo que investigava o grupo de ativismo político Sleeping Giants Brasil por suposta prática do crime de difamação contra a emissora Jovem Pan.
Apesar de se dizer apartidário, o Sleeping Giants Brasil ganhou notoriedade ao atacar veículos de comunicação que não são alinhados à esquerda| Foto: Gazeta do Povo
Atuação da Open Society no Brasil
Um levantamento feito pela Gazeta do Povo em 2023 mostrou que a fundação de George Soros repassou, em apenas um ano, o equivalente a R$ 107,2 milhões a organizações que atuam no Brasil.
Dentre as ongs brasileiras que receberam recursos de Soros em 2021, a maior beneficiada foi o Instituto Clima e Sociedade. A entidade recebeu US$ 1,5 milhões (pouco mais de R$ 8 milhões). A ong é comandada por Ana Toni, que presidiu o Conselho do Greenpeace Internacional e foi diretora da Fundação Ford no Brasil.
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O senador Rogério Marinho (PL-RN) já encaminhou ofícios à Receita Federal e ao Ministério Público em que pede celeridade nas investigações.
“Para nós, é muito preocupante. Primeiro, que esses recursos estejam sendo utilizados dentro do que a legislação preceitou e, principalmente, qual o objetivo desse aporte tão significativo da Fundação Ford e do George Soros, que são reconhecidos internacionalmente como personalidades que têm o hábito de interferir na política interna de países no mundo inteiro. Interferência, na nossa opinião, indevida, descabida. E a forma como isso tem acontecido, essa agressividade, essa perseguição, nos parece bastante suspeita. Por isso, nós oficiamos à Receita Federal um pedido de investigação para verificar se há algo ilícito, alguma utilização indevida dos recursos, bem como representamos junto ao Ministério Público Federal de São Paulo, e também o Nacional, para que se verifique se há algum indício de improbidade.