Carro em que faxineira estava foi arremessado a uma distância de 30 m após colisão. Luzinete foi socorrida, mas morreu no hospital
Jade AbreuCarlos CaroneMirelle Pinheiro
16/07/2024 03:30, atualizado 16/07/2024 15:59
A faxineira Luzinete Alves de Oliveira morreu, aos 52 anos, quando voltava do Hospital Regional do Gama (HRG) para casa. Ela estava na unidade de saúde após sofrer uma queda. Depois de receber alta, e já na companhia da família na madrugada de sábado (13/7), um carro atingiu a traseira do veículo em que ela estava e mudou o rumo daquela noite.
De acordo com o motorista do veículo, que preferiu não se identificar, o carro foi arremessado a uma distância de 30 metros, com a pancada da SUV conduzida pela médica Ana Maria Machado Vasques. Luzinete fechou os olhos e gemia de dor. Ela era casada com o primo do condutor do veículo.
Luzinete estava sem cinto de segurança quando sofreu o acidente. Segundo o motorista, ela estava deitada no colo de uma familiar, que a acompanhava no retorno do hospital.
“Minha mãe gostava muito de dançar. Era muito animada, sempre ajudava as pessoas, muito ligada à família, humilde, alegre”, conta a filha de Luzinete, Andressa Alves, que enumerou as qualidades de Luzinete. “Estou muito mal ainda. Só vai ter lembranças dela agora”, completou.
A faxineira chegou a ser socorrida, mas morreu na unidade de saúde.
Médica fugiu
A motorista do carro que bateu no veículo em que Luzinete estava fugiu após o acidente. De acordo com testemunhas, policiais militares e socorristas, Ana Maria Machado Vasques estava com sinais de embriaguez, com a fala arrastada, falta de coordenação e forte “odor etílico”.
Segundo um sargento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, a médica teria relatado dor no quadril e estava cambaleante.
Ela teria ficado ainda 20 minutos dentro de outro carro, que chegou depois do acidente. De acordo com relatos, a médica teria saído desse veículo e ido em direção ao condomínio para urinar, mas não retornou.
O sargento não viu se a mulher chegou a entrar no condomínio ou se algum carro a teria levado.
A fuga de Ana Maria Machado foi também relatada por um policial militar acionado para atender ao acidente de trânsito. Ele ainda estaria aguardando a guarnição da Polícia Militar do Distrito Federal quando a mulher teria pedido para fazer xixi às margens da DF-480.
Segundo ele, um carro não identificado parou no local, Ana Maria entrou no veículo e fugiu.
O motorista do carro em que se encontrava a vítima estava com a CNH vencida. Ele passou pelo teste de bafômetro e tinha ingerido duas cervejas. O resultado deu 0,03 mg/l, enquadrado na margem de erro do bafômetro.
Os dois carros ficaram totalmente destruídos após a batida. Pelas imagens, é possível ver que a parte de trás do carro popular ficou totalmente amassada. O carro foi empurrado para fora da pista, parando em uma vala no canteiro da DF-480.
Em outro trecho, o vídeo mostra também a situação do carro de Ana Maria. O capô ficou danificado, com o motor todo à mostra. Os airbags também foram acionados.
O caso foi registrado na 20ª Delegacia de Polícia (Gama).
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