Quem eram os mortos no incêndio em casa de recuperação no DF

Quem eram os mortos no incêndio em casa de recuperação no DF

 

Vítimas têm entre 26 e 44 anos, e eram moradoras de regiões do DF e GO. Outras 11 pessoas ficaram feridas.

 

Por Marcella Rodrigues, Gabriel Buosi, g1 DF e TV Globo — Brasília

 

01/09/2025 08h06  Atualizado há 7 horas

 

Um incêndio em uma casa de recuperação de dependentes químicos deixou 5 mortos e 11 feridos, na madrugada de domingo (31), no Distrito Federal.

 

A clínica Liberte-se fica no Núcleo Rural Desembargador Colombo Cerqueira, no Paranoá. Veja quem eram os mortos:

 

Darly Fernandes de Carvalho, de 26 anos; morava em Formosa, em Goiás.

 

José Augusto Rosa Neres, de 39 anos; morava no Paranoá, no DF.

 

Lindemberg Nunes Pinho, de 44 anos; morava em Planaltina de Goiás.

 

Daniel Antunes Miranda, de 28 anos; morava em Planaltina de Goiás.

 

João Pedro Costa dos Santos Morais, de 26 anos; morava no Itapoã, no DF.

 

João Pedro Costa dos Santos Morais, de 26 anos, morreu em incêndio em clínica no DF — Foto: arquivo pessoal

 

João Pedro Costa dos Santos Morais, de 26 anos, morreu em incêndio em clínica no DF — Foto: arquivo pessoal

 

Outras 11 pessoas ficaram feridas no incêndio e foram socorridas. O atual estado de saúde delas não foi informado.

 

Na tarde de domingo (31), a Secretaria de Saúde do DF informou que:

 

duas estão internadas no Hospital da Região Leste (HRL);

 

seis estão internadas no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN);

 

e uma está internada no Hospital Regional de Sobradinho (HRS).

 

Como foi o incêndio

 

Incêndio em casa de recuperação de dependentes químicos no Paranoá. — Foto: CBMDF/Divulgação

 

Incêndio em casa de recuperação de dependentes químicos no Paranoá. — Foto: CBMDF/Divulgação

 

O fogo atingiu a sede da clínica, onde estavam cerca de 20 internos. Outros 26 ficavam em dormitórios do lado de fora.

 

Segundo a Polícia Civil, o local que pegou fogo estava trancado com cadeado e havia três extintores de incêndio vazios do lado de fora do alojamento.

 

O delegado Hudson Maldonado disse que alguns internos relataram que o incêndio começou por causa de um carregador de celular que estava na tomada.

 

Depois, houve uma queda de energia e o incêndio começou a crescer.

 

“Instaurou-se um pânico no local. Alguns internos chegaram a ser pisoteados por outros na tentativa de fuga”, falou o delegado.

 

O interno José Rodrigo Conceição, que estava internado há 3 meses na clínica, disse que viu seus amigos sendo atingidos pelas chamas.

 

“Não tinha extintor, saída de emergência. Havia muito material inflamável na casa. Vi meus amigos correndo, pegando fogo, e a gente não conseguia fazer nada porque as grades eram muito fortes”, falou José Rodrigo Conceição.

 

O interno Daniel Gonçalves relatou que estava dormindo quando ouviu o pedido de socorro dos amigos. Ele conta que, até a chegada dos bombeiros, foram os próprios internos que tentaram entrar na sede para combater o fogo.

 

O delegado Hudson Maldonado falou que os internos conseguiram arrancar as grades de uma janela, pela qual os sobreviventes saíram.

 

Segundo os bombeiros, ao chegarem no local, havia muita fumaça e chamas altas saíam pelo telhado. Os militares combateram o fogo com mangueiras e espuma.

 

Licença de funcionamento

 

A Secretaria DF Legal informou ainda que a “clínica ostentava licença de funcionamento válida e regular, quando da vistoria fiscal realizada”. No entanto, o instituto não tinha alvará e nem laudos de funcionamento expedidos pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF).

 

À polícia, o diretor e proprietário, Douglas Costa de Oliveira Ramos, admitiu que o local funcionava há cinco meses sem as autorizações. Após prestar depoimento, ele foi liberado.

 

Defesa Civil fez vistoria no local

 

Veja como ficou clínica atingida por incêndio no DF — Foto: TV Globo

 

Veja como ficou clínica atingida por incêndio no DF — Foto: TV Globo

 

A Defesa Civil realizou uma vistoria técnica na clínica após o incêndio de domingo (31). A vistoria constatou:

 

graves danos estruturais com risco de colapso do telhado;

 

fissuras e trincas nas paredes;

 

madeiramento danificado pelo fogo;

 

janelas sem vidros e grades parcialmente arrancadas.

 

Após a vistoria, foram tomadas as seguintes medidas:

 

interdição total do estabelecimento;

 

isolamento da área por segurança;

 

acesso permitido apenas a profissionais habilitados.

 

A Defesa Civil informa que o proprietário da clínica tem até do dia 15 de setembro para apresentar laudo técnico que ateste a segurança estrutural e realize os reparos necessários.

 

“A desinterdição só ocorrerá após cumprimento de todas as exigências técnicas”, diz a Defesa Civil.

 

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