Operação da PF investiga desvio de verba pública e lavagem de dinheiro que pode chegar a R$ 1,7 bi, no Pará

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Operação da PF investiga desvio de verba pública e lavagem de dinheiro que pode chegar a R$ 1,7 bi, no Pará

Ação policial ocorre nesta terça-feira e apura possível repasse de valores indevidos entre 2017 e 2022 para servidores públicos de diversas prefeituras paraenses com utilização de empresas de fachada e laranjas.

 

Por g1 Pará — Belém

30/04/2024 08h46  Atualizado há 7 horas

 

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça feira (30), no Pará, a operação ‘Plenitude’, que investiga crimes contra a administração pública, contra o sistema financeiro nacional e lavagem de capitais que pode chegar a RS 1,7 bilhão.

 

Segundo a PF, as apurações identificaram a ocorrência de indícios de crimes relacionados a licitações, envolvendo recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Itens encontrados pela PF durante a operação no Pará. — Foto: PF

Itens encontrados pela PF durante a operação no Pará. — Foto: PF

 

A operação apura possível repasse de valores indevidos para servidores públicos de diversas prefeituras do estado, com a utilização de empresas de fachada e laranjas, além da suspeita de prática de evasão de dividas por meio de offshore situada em paraíso fiscal.

 

As investigações detectaram indícios de que uma grande empresa no Pará, com atuação nas áreas de construção e manutenção de estradas e vias urbanas e coleta de lixo apresentou movimentações financeiras atípicas, entre 2017 e 2022.

 

De acordo com os agentes envolvidos na ação desta terça (30), os recursos públicos envolvidos incluem altos valores que deveriam ser destinados às áreas da saúde, saneamento e limpeza urbana.

 

De acordo com os policiais, a operação deve cumprir 49 mandados de busca e apreensão em 33 endereços com 42 alvos. Veja detalhes:

 

são 33 mandados em Belém;

cinco em Benevides, na Região Metropolitana;

cinco em Santa Maria do Pará, no nordeste do estado;

três em Parauapebas, no sudeste do estado;

um em Ananindeua, na Região Metropolitana;

um em São Miguel do Guamá, no nordeste do estado

e um em Barueri, em São Paulo.

 

Segundo a PF, agentes encontraram celulares jogados no lixo em um dos endereços. — Foto: PF

Segundo a PF, agentes encontraram celulares jogados no lixo em um dos endereços. — Foto: PF

 

A operação ‘Plenitude’ ocorre junto com a Controladoria Geral da União (CGU) e a Receita Federal. De acordo com os agentes, os crimes teriam sido praticados por pessoas físicas, que usaram pessoas jurídicas, ligadas ao ramo empresarial de saneamento urbano atuante no Pará e em outras unidades da federação.

 

Agentes da PF e da Receita Federal em endereço alvo da operação. — Foto: PF

Agentes da PF e da Receita Federal em endereço alvo da operação. — Foto: PF

 

Segundo a PF, a 4ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Pará (SJPA) autorizou o sequestro de bens dos investigados no valor máximo de RS 1,7 bilhão, para devolução dos valores apossados de forma ilícita.

 

Após a análise de todo o material recolhido nas medidas de busca, o caso será aprofundado pelos investigadores, para, de acordo com eles, esclarecimento dos fatos de relevância criminal e responsabilização individualizada de cada suspeito.