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Novo balanço financeiro prova que o Flamengo está em outro patamar, mesmo sem títulos

Flamengo ultrapassou marca do bilhão em receitas antes mesmo do fim de 2023, além de atingir superávit superior a R$ 250 milhões

 

Guilherme Xavier

quarta-feira, 1 de novembro de 2023 12:30

 

O Flamengo divulgou o novo balanço financeiro nesta semana, que contempla os três primeiros trimestres de 2023. O documento trouxe grande destaque ao aumento em duas vezes do superávit e crescimento da receita com relação ao mesmo período do ano anterior. Tais números só mostram e comprovam, cada vez mais, que o Rubro-Negro não precisa ter sucesso dentro de campo para faturar.

 

Nesse ano, o Flamengo conseguiu superar a marca do bilhão antes mesmo do fim da temporada. Impulsionado por vendas de Garotos do Ninho, o clube conseguiu aumentar — e muito — o seu dinheiro em caixa para a próxima temporada. No aspecto financeiro, não existe nenhum clube na América do Sul que esteja no patamar do Rubro-Negro.

 

Flamengo voando nas finanças

 

Não é segredo para ninguém que o Flamengo é um dos clubes mais estáveis financeiramente do futebol brasileiro, mas o novo balanço mostra ainda mais o tamanho do abismo para as outras equipes. O Rubro-Negro conseguiu atingir a marca do bilhão em receita — R$ 1,06 bilhão, para ser mais preciso — antes mesmo do fim da temporada. O valor é 27% maior do que o do mesmo período em 2022, que foi de R$ 834 milhões.

 

O clube da Gávea também conseguiu registrar um superávit de R$ 268 milhões, superando em mais de 100% o período do ano passado. Tais valores mostram que o Flamengo não precisa de títulos para arrecadar altos valores e se manter no topo da pirâmide financeira do futebol brasileiro. O documento, inclusive, faz alusão ao tamanho da importância de receitas comerciais e cifras obtidas via matchday, o dia dos jogos no Maracanã.

 

Grande parte do superávit e do montante obtido até setembro veio de vendas de jogadores, que também foram citadas e celebradas no documento. A primeira parcela da negociação de Matheus França, vendido ao Crystal Palace, por exemplo, rendeu nove milhões de euros — R$ 45 milhões na cotação atual — foi a principal da última janela de transferências. A Trivela teve acesso ao documento e traz alguns trechos.

Veja trechos do documento divulgado pelo Flamengo

Flamengo consegue objetivos em ano ruim

 

Pensando no âmbito esportivo, o Flamengo teve um péssimo 2023. Um ano que começou errado, com a saída de Dorival Júnior e chegada de Vítor Pereira, e viu o Rubro-Negro ser vice de cinco competições, além de eliminações traumáticas na Libertadores e no Mundial de Clubes. Mesmo assim, o clube permanece como um expoente financeiro no continente.

 

Ainda que o desempenho tenha sido ruim, o Flamengo tem uma torcida apaixonada, que costuma lotar o Maracanã e emplaca a melhor média de público entre os clubes brasileiros. Só o matchday já ajudaria bastante, mas o Rubro-Negro também realiza excelentes vendas. Somente Matheus França e João Gomes, principais negociações de 2023, renderão mais de R$ 200 milhões aos cofres do time.

 

Receitas comerciais, vindas de patrocínios, complementam a lista de implacáveis conquistas financeiras do Flamengo. A equipe possui a camisa mais valiosa da América do Sul e pode ganhar um impulso ainda maior com um novo patrocinador master, já que o contrato com o Banco BRB termina em dezembro.

 

Landim é um dos melhores presidentes da história do clube, no aspecto financeiro (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

 

Os números evidenciam o quanto o Flamengo se consolidou, seja dentro ou fora dos gramados. A marca já é considerada um sucesso internacional, e a engrenagem rubro-negra gira independentemente dos resultados esportivos. Como diz a música: “É o gigante Flamengo atropelando mais um”.

 

Biometria no Maracanã também é novidade

 

Além do balanço financeiro, o Flamengo também teve outra novidade reservada para a manhã desta quarta-feira (01). O clube fechou parceria com a empresa Bepass, especialista em implementação de biometria facial nos estádios de futebol. O objetivo do Rubro-Negro é que o aparato comece a ser testado ainda em 2023, a fim de que esteja 100% preparado na próxima temporada.

 

— Já estamos realizando todo acesso de credenciados por biometria facial no estádio e nosso objetivo é instalar o sistema em todas as 156 catracas do local, realizando a entrada por biometria de forma gradual, exclusivamente, para jogos do clube. A ideia é termos ao menos dois jogos ainda esse ano – disse Ricardo Cadar, CEO da Bepass, ao ge.

 

O Rubro-Negro se junta ao Palmeiras como únicos clubes do Brasil a terem implementado a biometria nos estádios. Com a oficialização, o Flamengo atenderá a exigência feita pela nova Lei Geral do Esporte Esporte, que obriga adoção do reconhecimento facial em estádios com mais de 20 mil pessoas. O Fluminense também deve firmar a parceria, mas só depois da final da Libertadores.

 

Art. 148. O controle e a fiscalização do acesso do público a arena esportiva com capacidade para mais de 20.000 (vinte mil) pessoas deverão contar com meio de monitoramento por imagem das catracas e com identificação biométrica dos espectadores, assim como deverá haver central técnica de informações, com infraestrutura suficiente para viabilizar o monitoramento por imagem do público presente e o cadastramento biométrico dos espectadores.

 

Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo deverá ser implementado no prazo máximo de até 2 (dois) anos a contar da entrada em vigor desta Lei.

 

Guilherme Xavier

 

É repórter na cobertura do Flamengo há três anos, com passagens por Lance e Coluna do Fla. Fã de Charlie Brown Jr e enxadrista. Viver pra ser melhor também é um jeito de levar a vida!

trivela.com.br/brasil