Assassino de motorista de transporte escolar se entrega à PCDF

 

Assassino de motorista de transporte escolar se entrega à PCDF

 

Francisco Evaldo Moura matou o motorista de transporte escolar Adriano de Jesus Gomes. Ele atirou na vítima durante discussão, em Samambaia

 

Nathália CardimJéssica Ribeiro

07/02/2025 10:06, atualizado 07/02/2025 12:09

 

O comerciante Francisco Evaldo de Moura Silva (foto em destaque), 56 anos, vizinho que fugiu e se escondeu depois de matar o motorista de transporte escolar Adriano de Jesus Gomes, 48, se entregou à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na manhã desta sexta-feira (7/2).

 

Ao lado de seu advogado, Eduardo Vinicius Lopes de Castro, Francisco se apresentou na 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte), por volta das 10h.

 

Ao entrar na delegacia, o advogado entregou a pistola usada no crime para um policial. A arma estava com uma munição na agulha, retirada no momento da apreensão (assista abaixo).

 

Segundo o advogado, seu cliente se apresentou por vontade própria e não teve a intenção de fugir. Agora, o defensor do acusado entrará com pedido para que a prisão preventiva contra Francisco seja revogada.

 

“A prisão preventiva só é autorizada em casos provisórios, quando existem razões para tal. Ele é réu primário, tem residência fixa e, no caso dele, entendemos que não é necessária. Ele se apresentou espontaneamente e agiu por legítima defesa”, defendeu o advogado.

 

Arrependimento e arma do crime

 

Ao Metrópoles, horas antes de se entregar, Francisco confessou o assassinato e disse se arrepender “amargamente”.

 

De acordo com o assassino, a arma do crime pertence ao filho dele, que seria policial do Exército.

 

Veja o momento do assassinato:

 

Imagem de tiroteio entre vizinhos

 

O que aconteceu

 

Na manhã de quinta (6/2), Francisco Evaldo de Moura discutiu com o motorista Adriano de Jesus Gomes e o filho da vítima, Gabriel Ferreira, 20.

 

Francisco teria ido à casa de Adriano e iniciado discussão após ver o carro de Gabriel estacionado em área pública. Moradores da quadra relataram que Francisco acreditava ser dono desse espaço.

 

Câmeras registraram o momento da discussão entre os três envolvidos, bem como o tiroteio. Francisco sacou uma arma da cintura e disparou ao menos quatro vezes contra Adriano e Gabriel.

 

Adriano, conhecido como Tio Adriano por causa do trabalho como motorista de ônibus escolar, foi atingido no pescoço e no tórax. Ele não resistiu. Gabriel não foi ferido.

 

Após matar o vizinho, Francisco fugiu em um Chevrolet Ônix prata.

 

Brigas constantes

 

Francisco confirmou que havia provocações entre ele e a vítima desde quando se mudou para a casa, há cerca de 15 anos.

 

Pouco antes do crime, o comerciante e o motorista discutiram por causa do local onde Adriano estacionava o ônibus escolar na vizinhança.

 

Questionado sobre o que motivou os disparos, o comerciante disse que, na ocasião, foi ameaçado pelo filho da vítima e se sentiu acuado pelos dois.

 

Após os disparos, o comerciante voltou para a casa e saiu de carro. “Ele se evadiu do local pela própria segurança”, alegou o advogado Eduardo Vinicius Lopes de Castro.

 

 

 

Em uma ocasião anterior, Francisco ainda teria brigado com a esposa da vítima enquanto ela lavava a área da própria residência.

 

Motorista era admirado

 

Querido por familiares, amigos e vizinhos, o motorista de transporte escolar Adriano de Jesus, era admirado pela personalidade que tinha, o “tio” Adriano era estimado pelo talento musical.

 

Cantor, violinista e guitarrista, o motorista fazia parte da equipe de louvor da Capela Santa Luzia, em Vicente Pires, e da paróquia Imaculada Conceição de Maria, no Setor de Mansões de Taguatinga.

 

O corpo dele, inclusive, será velado nessa capela, até as 15h. O enterro está marcado para as 16h, no Cemitério Campo da Esperança.

 

 

Colaborou Francisco Dutra

 

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www.metropoles.com

 

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