Segundo polícia, suspeitos também usaram outras cinco empresas de fachada com funcionários ‘laranjas’ para mascarar crime. Se condenados, penas podem chegar a 28 anos de prisão.
Por Afonso Ferreira, TV Globo
26/07/2024 09h48 Atualizado há 12 horas
Um grupo que se passava por uma empresa de plano de saúde para sonegar impostos foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na manhã desta sexta-feira (26). Segundo as investigações, a dívida fiscal passa dos R$ 26 milhões (veja detalhes abaixo).
Segundo a PCDF, o grupo também usou outras cinco empresas de fachada para despistar suspeitas: quatro prestadoras na área de saúde e uma empresa de contabilidade;
Nessas empresas, também eram usados funcionários “laranjas” nos contratos, para mascarar os reais proprietários que se beneficiavam do esquema criminoso;
Os integrantes do grupo são investigados por sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e organização criminosa;
Se condenados, as penas somam 28 anos de prisão.
Ao todo, a PCDF cumpriu nove mandados de busca e apreensão nas regiões do Lago Sul, Park Sul, Águas Claras e Gama.
Esquema criminoso
De acordo com a investigação, o grupo criminoso utilizou a operadora do plano de saúde, de nome ainda não divulgado, para deixar de recolher o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). A dívida tributária com o Governo do Distrito Federal (GDF) é de R$ 26.696.864,18.
A operadora em questão contou com suspensões da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e teve sua falência decretada.
A investigação aponta ainda que o grupo atuava no Distrito Federal desde 2017.
Operação da PCDF foi deflagrada nesta sexta-feira (26). — Foto: Divulgação/PCDF