Saiba quem são as “Patricinhas do Tigrinho” alvo da polícia em GO
As “Patricinhas do Tigrinho” ficaram conhecidas por ostentar uma vida de luxo nas redes sociais
A Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (6/12), uma operação contra três influenciadoras de Luziânia (GO), no Entorno do Distrito Federal, investigadas por participar de uma série de crimes, incluindo estelionato, exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro.
Conhecidas como as “Patricinhas do Tigrinho”, Ana Carolina de Souza, Aline Tainara Barbosa dos Reis e Tawane Alexandra Silva dos Anjos (foto em destaque) são suspeitas de incitar seus seguidores a participarem de jogos fraudulentos. O trio enganou centenas de pessoas e ganhou quantias exorbitantes.
As “Patricinhas do Tigrinho” ficaram conhecidas por ostentar uma vida de luxo nas redes sociais. Roupas de grife, viagens internacionais, carros importados e imóveis de alto padrão faziam parte do cotidiano exibido para seus milhares de seguidores.
Embora os jogos apresentados em suas plataformas parecessem legítimos, a investigação revela que os lucros divulgados eram encenações, feitas para atrair mais pessoas a se cadastrarem e participarem dos jogos.
Veja imagens das “Patricinhas do Tigrinho”:
As influenciadoras digitais eram responsáveis por atrair novos participantes para os jogos, simulando grandes vitórias financeiras e promovendo a ideia de ganhos fáceis. No entanto, a plataforma que elas divulgavam era diferente daquela à qual os usuários tinham acesso, gerando lucros apenas para os responsáveis pelo esquema.
A cada novo cadastro realizado por seus seguidores, as “Patricinhas do Tigrinho” recebiam comissões e, assim, conseguiam financiar sua vida de ostentação.
Veja a vida de oestentação das “Patricinhas do Tigrinho“:
Lavagem de dinheiro
A investigação, liderada pelo Grupo Especial de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Gepatri), aponta que o esquema envolvia, além de estelionato, lavagem de dinheiro, visto que as influenciadoras receberam valores imensos com a promoção de jogos de azar, sem comprovação de renda legítima.
Outro detalhe que chamou a atenção das autoridades é que as investigadas estavam legalmente registradas como beneficiárias de programas sociais voltados para famílias de baixa renda, como o Bolsa Família e o Auxílio Emergencial, enquanto desfrutavam de uma vida de luxo completamente incompatível com sua renda oficial. Aline Tainara Barbosa dos Reis, por exemplo, recebeu R$ 750 mensais do Novo Bolsa Família até abril deste ano.
A operação da Polícia Civil de Goiás está em andamento, com mandados de busca e apreensão sendo cumpridos nos endereços das mulheres em Cristalina (GO), São José dos Campos (SP) e Luziânia (GO).
As investigações continuam, e a suspeita é de que o esquema de exploração de jogos de azar seja ainda maior, podendo levar a novas descobertas sobre a extensão do golpe.