Com mais de R$ 43 milhões em recursos, área de desenvolvimento econômico em Santa Maria tem sistema de abastecimento elétrico renovado
Rafael Secunho, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto
Com R$ 43,8 milhões investidos pelo GDF, a Área de Desenvolvimento Econômico (ADE) do Polo JK, em Santa Maria, se fortalece como o maior polo industrial do Distrito Federal. A região está com uma nova linha de transmissão de energia pronta, enquanto as reformas de urbanização e mobilidade urbana caminham para o final. É mais infraestrutura para um setor ocupado por indústrias de grande e médio porte, como farmacêuticas e atacadistas, que abastecem o comércio da capital e de cidades do Entorno.
Novo sistema tem 8,7 km de extensão e vai aumentar a capacidade de fornecimento para bairros vizinhos de Santa Maria | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília
Demanda antiga dos empresários do polo, a linha de alta tensão de energia de 138 kV e a subestação estão finalizadas. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet), resta apenas o comissionamento por parte da Neoenergia, que significa a conferência e testes para o funcionamento do sistema. Com 8,7 km de extensão, o sistema ampliará a capacidade de fornecimento para bairros vizinhos de Santa Maria.
A queda de energia elétrica ali era uma dor de cabeça para os donos de estabelecimentos, devido à baixa voltagem do sistema anterior. “Temos alguns relatos de falta de energia aqui na loja nos últimos anos; e, com a nova linha de transmissão, com certeza isso vai acabar”, aposta o empresário Walyson Ribeiro, gerente de uma rede de 12 lojas do DF.
Segundo Walyson, a avaliação dos clientes que frequentam seus supermercados é de que o Polo JK evoluiu muito. “Eles falam das ruas que foram asfaltadas, da melhoria na iluminação, e isso é muito bom”, comemora. “Hoje, posso dizer que nosso movimento aumentou de 1.500 para 2 mil clientes em um dia de semana, e isso tem a ver com a infraestrutura, que melhorou”.
Indústrias
Somente no novo sistema elétrico, foram R$ 23,7 milhões aplicados. Gerente de uma casa de eventos no Polo JK, Felipe Branquinho observa que a ADE vem recebendo importantes indústrias e que merecia esse cuidado. “No nosso caso, não daria para ficar sem luz com a casa lotada, né?”, aponta. Seu estabelecimento tem capacidade para até 1.200 pessoas.
As obras urbanas também deslancharam. Incluem 6,8 km de vias asfaltadas, 6,6 km de ciclovias, calçadas, praças e paisagismo. A estimativa da Sedet é de 95% executados. “Futuramente, serão feitas pela Novacap a drenagem e o sistema de águas pluviais, mas é algo que será licitado e vem para complementar o processo”, explica o coordenador de operações de crédito e incentivos fiscais da Sedet, Luiz Melo.
De acordo com ele, o governo tem buscado ainda potenciais empresários de fora do DF para instalação de novos empreendimentos e ofertado incentivos financeiros pelo programa Emprega DF. “É um polo fundamental para a geração de emprego e renda na capital federal”, reforça.
Recursos do BID
As reformas estão previstas no programa Procidades, que conta com um financiamento de R$ 350 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Este valor é destinado a obras em cinco áreas de desenvolvimento econômico do DF, dentre elas a ADE de Ceilândia.