Intimidações foram feitas por sobrinho de enfermeira que havia se desentendido com vítima. Suspeito chegou a dizer que arrancaria cabeça de mulher.
Por Carina Benedetti, Afonso Ferreira, TV Globo
12/09/2023 07h57 Atualizado há 24 minutos
Uma médica da unidade de pronto atendimento (UPA) de Planaltina, no Distrito Federal, pediu transferência após receber ameaças de morte pelo celular. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito pelo crime é sobrinho de uma enfermeira que trabalhava com a médica.
Em um áudio encaminhado à vítima, o investigado diz que, se encontrasse a médica, “ia arrancar a cabeça” dela (ouça acima). Nas ameaças, o suspeito ainda descrevia a rotina da médica e citava plantões que ela fazia.
As informações, segundo a Polícia Civil, eram repassadas pela tia do suspeito, que era enfermeira da UPA e queria que a médica saísse da unidade. Dias antes da ameaça, elas se desentenderam, segundo a investigação.
“As mensagens encaminhadas continham conteúdo extremamente violento. Nos áudios, os investigados faziam menção a armas de fogo e diziam que tirariam a vida da vítima, de forma macabra, além de várias ofensas de cunho racial”, diz o delegado-chefe da 16ª Delegacia de Polícia, Diogo Cavalcante.
Investigação
A operação que resultou na identificação dos suspeitos foi deflagrada no último dia 6. A ação ocorreu após a médica procurar a delegacia.
Segundo a Polícia Civil, os suspeitos vão responder em liberdade por ameaça, desacato, injúria e falsidade ideológica.
A reportagem entrou em contato com o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges), à frente da administração da UPA, mas não obteve retorno até a última atualização desta publicação. Mesmo com a identificação dos suspeitos, a médica manteve a decisão de ser transferida da UPA.